Insônia

Mais uma noite sem sono.
Noite escura, céu nublado, sem lua ou estrelas.
É inevitável pensar em você, meu amor. É inevitável sentir a sua falta, querer que estivessemos juntos, querer que pudéssemos estar abraçados, deitados ao luar.
E, como sempre o fazemos, trocarmos segredos à luz da lua.
Ah, amor! Como eu gostaria que o vento soprasse para longe do nosso céu as nuvens que escondem as estrelas.
Como gostaria que esta fosse uma quente noite de verão, uma fogueira na praia, música e dança, e você a dançar, em um luau ou um sabá, a mim não faria diferença, desde que pudessemos dançar juntos, minhas mãos passeando pelo seu corpo, meu corpo colado ao seu. Sentindo seu calor e o desejo que me causa, sabendo que você é minha e eu sou seu. Sabendo que nós dois somos uma alma, dividida em dois corpos, que quando se unem, se completam.
Mas não é a verdade. Só o que eu tenho é a insônia, que não me deixa sonhar com você. Só o que tenho é a chuva caindo, que longe de me acalmar o espírito, apenas consegue me irritar. Só o que eu tenho é o frio da noite e o vazio ao meu lado.
E a saudade que sinto de você. E a vontade de tê-la comigo, hoje, amanhã e sempre. Para nunca mais deixá-la afastar-se. Para nunca mais correr o risco de perdê-la. Para nunca deixar de amá-la.